Caminhando no mato, desta vez no "mato" da cidade, a tal "selva de pedra", ou melhor, concreto e asfalto, me deparei com um jovem gavião carijó piando muito e olhando para baixo. Procuro em derredor e encontro, logo abaixo dele, um filhote de pombo carcomido, sem a cabeça. Eis a razão do porquê da piação que nunca acabava: ele deixou cair no chão o seu almoço.
É a lei da selva e todos, respeitadas as suas preferências, ditadas pelo Eterno Deus, tem que comer para sobreviver. O filhotão de gavião carijó estava frustrado por deixar cair ao chão tão deliciosa presa que a sua mãe lhe levou. Procuro por ela e a vejo mais longe, no teto de um prédio. Tento fotografá-la, mas, por falta de sorte, antes que a pudesse focalizar na máquina, ela alçou vôo em busca de uma nova presa para o seu filhote.
Foi pura sorte conseguir flagrar o filhotão ali na copa da árvore Acácia. Eles são muito discretos e ficam em locais altos e distantes do olhar humano. Muitas vezes, nas tardes, ao pôr-do-sol , você só ouve os piados deles, não conseguindo localizá-los.
Às vezes eu os vejo nas antenas de repetidoras de celulares ou mesmo de mangueiras ali perto de casa.
As fotos acima, da mesma espécie de gavião (Gavião Carijó Rupornis magnirostris [Gmelin, 1788]), foram colhidas a uma distância considerável graças a lente da minha máquina, no topo dos 500 mm.
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